narrativas

       recortadas

Ilustrações especiais inspiradas em narrativas imaginárias delicadamente recortadas à mão. São compostas por várias camadas de papel, utilizando diferentes técnicas e dimensões.

Cidade Vazia

Narrativas recortadas

Enquanto estivemos ausentes, o mundo não parou de girar e as estações do ano não perderam as suas cores.

A natureza conseguiu transbordar os seus limites espartilhados, cobrindo as estradas e povoações erguidas pelo homem.

Até as aves passaram a voar sem medo pelas cidades, fazendo ninhos nos bancos dos jardins, enquanto nos observavam cativos, nas nossas próprias casas.

narrativas

      recortadas

A andorinha

Existe uma casa no meio da cidade, onde vive um casal com dois filhos pequenos.Todas as Primaveras esta casa é visitada por um bando de andorinhas e a família espera alegremente pela sua chegada. Assim que avistam a casa ao longe, por entre núvens e árvores,...

O Infinito

O infinito não tem medidas e não tem fim. É tudo o que pretendes alcançar, à medida do tempo e do espaço do teu coração. O infinito é uma linha que não acaba, uma forma que não de se une e que continua por caminhos, ora sinuosos, ora suaves, traçando fisionomias...

Tecedoras de Sonhos

Escolho um novelo de linha e começo a tecer os meus sonhos. Seguro as agulhas nas minhas mãos, deixo que a linha que se entrelace para dar forma aos objetos por mim desejados:– umas asas para voar sem destino e hora para voltar– um vestido mágico para dançar até a...

A Mulher pássaro

Tem o bico afiado para proteger os seus lábios, penas para esconder o seu corpo frágil. Asas livres para viajar para outras paragens, dentro gaiola que é o mundo. Anseia com um sítio para regressar, sempre que a estação mudar.

A Mulher Jardim

Conheço algumas mulheres que têm o maravilhoso poder de dar uma nova vida aos jardins. Tudo em que tocam floresce ou se converte numa floresta gigantesca habitada por espécies delicadas. Têm o dom de perceber os ritmos da Terra, fazendo parte dela, como se uma planta...

Doença da Chuva

“No ano em que eu entrei para a escola, choveu por mais de mil dias. Todos os dias chovia, pelo menos, um bocado. Nesse ano, aprendemos a achar que os dias eram bons, quando a chuva molhava horas pequenas e que eram maus, quando não havia espaço entre os pingos que...