Blog Ana Papercut

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Conservar memórias

Num destes dias encontrei esta foto muito antiga da tia Fernanda.

A fotografia é composta por tons de sépia e pode ver-se no verso a data e o local em que foi tirada: 13 de Outubro de 1947, na casa Alvão, um dos estúdios de fotografia mais antigos da cidade do Porto, fundado em 1902.

A tia Fernanda adorava plantas. Tinha um dom especial para cuidar dos seus rebentos e transformar uma plantinha frágil num ramo viçoso e cheio de vida.

A casa onde viveu ficava rodeada por um jardim, meio selvagem mas cuidado, povoado pelas mais diferentes espécies de arvores, flores e plantas. No centro existia um lago onde nadavam uns peixinhos vermelhos que fizeram as delicias de todas as crianças que visitavam a casa.

Com o auxílio de uma tesoura, um bisturi e muita concentração, recortei cuidadosamente um conjunto de flores numa única folha  de papel, até obter o resultado que se pode ver nas imagens.

Sem danificar a fotografia, posicionei-a no centro da composição e para finalizar, emoldurei este trabalho numa moldura branca com as dimensões de 25 x 25 cm. 

A querida tia Fernanda ficou rodeada de flores e mais flores como se estivesse sentada no seu jardim, onde até se vê uma joaninha a espreitar por entre as folhas.

Nada melhor do que conservar as memórias dos que nos são queridos, dando uma nova vida às fotografias.